"O privilégio de uma vida é se tornar quem você realmente é"

Carl Gustav Jung

Você já se perguntou por que faz o que você faz em seu dia a dia? Já se questionou sobre o rumo em que está sua vida?
Seguindo a vida como está hoje, você sabe onde estará daqui 5 anos? 10 anos? Daqui 20, 30, 50 anos?
Por que você acredita no que acredita? Em que se baseiam suas crenças?
Quem guia os seus passos na vida? Você acha que tem liberdade para guiar seus próprios passos?
Você está verdadeiramente feliz, realizado(a) com a sua vida, suas escolhas, suas crenças, seu “destino”?
Carl Jung dizia que o inconsciente governará nossa vida até que consigamos reconhecer os padrões de nossas escolhas, tornando-nos conscientes das influências que recebemos – de nossas ideias, crenças, experiências passadas, enfim, do conteúdo do inconsciente. Enquanto não adquirirmos essa consciência, chamaremos de destino os fatos que nos ocorrem.

O grande sono

Vivemos em uma sociedade turbulenta, agitada, focada em resultados, produção, lucro... Como um rato de estimação em “sua roda” correndo, girando, o mais rápido que consegue, mas sem sair da gaiola, assim também estamos nós, correndo atrás de novas metas, novos objetivos, a cada conquista realizada. Sem nem notar que alcançamos algo que, momentos atrás, era apenas um desejo, uma meta.
Nesse ambiente caótico, totalmente desfavorável a uma tomada de consciência da própria existência e individualidade, nos desconectamos de nós mesmos – ou talvez jamais tenhamos nos conhecido de fato. E o que isso nos traz?

Grandes Consequências

Viver desse modo nos traz adoecimentos emocionais como tristeza, desgosto, desânimo, desprazer em existir, depressão, ansiedade, desespero, angústia… E isso não para no campo emocional. A cabeça e o estômago parecem ser sempre os primeiros a dar sinais com suas dores e desregulações. Sintomas como refluxo, gastrite e mau funcionamento do intestino sucedem então.
São sintomas naturais do envelhecimento? Somos levados a acreditar que sim. E, desse modo, realizamos apenas tratamentos paliativos, mantendo o funcionamento do corpo o suficiente para nos mantermos ativos em nossos trabalhos cotidianos, sem analisarmos a verdadeira causa de todas essas desordens.
Essa vida tem sentido para você? Qual será o seu destino se a sua vida continuar no rumo em que está? E mais, se hoje fosse o dia de sua morte, você se sentiria realizado com o que fez e viveu até hoje? Ou sentiria que sua vida passou sem que você realmente tivesse vivenciado, experimentado, vivido de verdade?

A Provocação da Verdade

Esses questionamentos podem ser incômodos pois a resposta não é aquela que gostaríamos de ouvir. Confrontar-nos com a verdade é um processo doloroso e, por isso mesmo, tentamos evitá-lo a todo custo, distraindo-nos com atividades e obrigações da rotina diária, mantendo-nos longe desses questionamentos. Mas, assim como a cura de um ferimento depende da dor causada pela limpeza e esterilização do local ferido, também a liberdade de viver uma vida plena e autêntica depende desse momento de insatisfação e indignação com a própria realidade.

Recalcular a Rota

Depois de aceitar a realidade como ela se apresenta, enxergando os problemas e tomando consciência de que a direção atual da nossa vida não nos levará ao destino desejado, precisamos recalcular a rota para alcançar o que realmente queremos. Mas qual é a direção desejada? Quem diz qual é o melhor caminho a seguir? Qual é o propósito da minha vida?
A resposta, a bússola, o nosso Norte, não pode estar fora de nós, mas dentro de nós mesmos.
Você já se permitiu ouvir de verdade seu coração na hora de decidir algo? Seus gostos são realmente seus? Eles vêm do mais íntimo de seu ser? Ou são gostos, vontades, metas, sonhos herdados –absorvidos de outras pessoas, como pai, mãe, amigos, sociedade?
Muito provavelmente o que é pregado como exemplo de vida feliz e bem-sucedida na sociedade atual não é realmente do nosso agrado. Porque somos todos diferentes e não é possível que todos nós tenhamos, internamente, o mesmo ideal. No entanto, é para essa direção que todos nós iremos, se não reconhecermos o poder de nossas decisões.
Se sua mente está agora no presente, você tem o poder de decidir qual será o seu próximo passo. Escute seu coração. Deixe-o falar sem censuras, para que você possa se conhecer e redescobrir os seus próprios desejos e sonhos, que há tanto tempo foram reprimidos. E, tendo-os como objetivo, você pode então, finalmente, recalcular a rota de sua vida.

Pessoas vão, Pessoas vêm

Viver uma vida mais verdadeira, guiando-se pelas próprias vontades, causará mudanças significativas. Amigos e parentes que antes estavam próximos de você poderão se incomodar com isso. Pois você não é mais a mesma pessoa de antes. E isso é perfeitamente normal. Afinal, nos aproximamos de pessoas por termos algo em comum. Se mudarmos aquilo que nos conecta a outra pessoa, o relacionamento naturalmente será afetado.
O afastamento de pessoas queridas pode doer, mas, ao mesmo tempo, outras pessoas que estão na mesma sintonia com essa sua nova versão, mais verdadeira e autêntica, aparecerão, formando novos e verdadeiros vínculos. Quanto mais fiel somos à nossa verdade, ao nosso coração, aos nossos valores e objetivos, mais formamos vínculos honestos e saudáveis com os outros.

Finalizando

Vale a pena atender as expectativas dos outros, buscando viver o ideal de vida criado e imposto por outros? Vale a pena vender sua alma, sua essência, sua existência, por aprovação social, admiração e elogios?
Você aceitaria se tornar um robô da sociedade apenas para ser aceito?
Não permita que controlem você. Não permita que roubem de você o seu potencial.
Escute sua alma e lembre-se de quem você realmente é. E, assim, viva esse privilégio de existir, de ser aqui fora o que você realmente é por dentro.